Realizou-se esta terça-feira (8 de março), no ISCTE, a 4ª Conferência do Fórum do Consumo. Sob o mote ‘O Consumo tem sexo?’, a iniciativa colocou em discussão as tipificações e segmentações existentes em função da idade, da profissão, do nível escolar, do estatuto social, da dimensão familiar e em função do género no que diz respeito ao consumo. A principal conclusão? As variáveis sociodemográficas já não são suficientes para compreender o consumidor e para definir as estratégias de marketing. Até porque, segundo José António Rosseau, Presidente do Fórum do Consumo, os comportamentos dos consumidores “são cada vez mais andróginos”.
A iniciativa contou com profissionais como Pedro Camarinha e Diogo Pereira, do Observador Cetelem, António Gomes, da GfK, Paulo Caldeira e Marta Santos, da Kantar Worldpanel, João Catalão e Ana Penim, do INV, Manuel Paula, do El Corte Inglés, Francisco Távora, do O Boticário, e Sofia Tenreiro, da Cisco.
Para Marta Santos, da Kantar Worldpanel, na definição de estratégias de marketing, já não basta olhar para as variáveis sociodemográficas de um consumidor, como o género. É cada vez mais importante ter em consideração os hábitos e comportamentos de consumo.
Diogo Pereira, do Observador Cetelem, por sua vez, explicou que surpreendentemente as mulheres são mais sensíveis à poluição do que os homens no que diz respeito à compra de automóveis. Para além disso, apesar de a maioria dos subscritores de serviços de crédito ao consumo serem homens e apesar de estes terem rendimentos superiores, “sabemos que a decisão final é das mulheres”, o que revela um papel preponderante enquanto influenciadoras nas decisões de compra.
Segundo Pedro Camarinha, também do Observador Cetelem, “os homens são mais sensíveis ao preço e as mulheres são mais motivadas pela oferta de um bem ou brinde na aquisição de crédito ao consumo”.
Já António Gomes, da Gfk, explicou que os hábitos de compra dos homens estão muito estereotipados, mas têm pontos comuns com os comportamentos de compra das mulheres. Segundo o responsável, “os homens são mais buyers e as mulheres são mais shoppers”: os homens adotam comportamentos de compra semelhantes ao processo de caça, enquanto as mulheres têm mais um papel de coletoras.
por Ana Rita Costa
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