200 mil pessoas pedem o regresso do velho Instagram. Haverá volta a dar?

Notícia | Redes Sociais

Há 12 anos nascia o Instagram, uma rede social dedicada à fotografia que começou por chamar a atenção de amantes dessa arte, mas também de utilizadores que queriam apenas partilhar alguns momentos das suas vidas com amigos, familiares e conhecidos.
 
Os anos passaram e a aplicação evoluiu, passando a ser “o lugar seguro” de celebridades e influenciadores, onde os números interessam mais do que o significado daquilo que é partilhado. Hoje, ninguém parece saber bem para que serve afinal o Instagram e há quem demonstre o seu descontentamento.

Esta semana surgiu uma petição online na plataforma change.org, criada pela fotógrafa e influenciadora Tati Bruening, que pede o regresso do antigo Instagram e o fim das imitações de outras redes sociais como o TikTok. Até ao momento, já conta com quase 200 mil assinaturas e conseguiu chamar a atenção de nomes conhecidos como as irmãs Kardashian, que apoiam o regresso a uma rede social mais simples.

Mas o que despoletou, então, o desagrado colectivo agora espelhado nesta petição? Tudo se deve às recentes alterações feitas na plataforma, especialmente ao longo do último ano, que alteraram intrinsecamente o mecanismo de utilização da rede social pertencente à Meta.

O surgimento do TikTok e o seu crescimento exponencial a nível mundial durante a pandemia, levaram os responsáveis pelo Instagram a criar uma forma de fazer face a este sucesso: os vídeos de curta duração Reels, tal como o conteúdo partilhado na app chinesa. Se a teoria até fazia sentido, a prática nem por isso. Esta nova forma de publicação revelou-se pouco inovadora, já que grande parte dos vídeos publicados são apenas “reposts” do TikTok.

Além disso, o IGTV, que permitia o carregamento de vídeos de longa duração, desapareceu para também ser substituído por Reels. É caso para dizer “Reels, Reels everywhere” ou “Reels aos molhos”. Estas mudanças, a acrescentar ao desfavorecimento das publicações de fotos das contas seguidas pelos utilizadores, resultam assim num pedido directo à rede social que traga de volta o feed cronológico e que ouça os seus criadores.

Adam Mosseri, head of Instagram, já se pronunciou no Twitter, ao partilhar um vídeo onde explica todas estas mudanças na rede social que lidera e deixa um alerta: «ao longo do tempo, o Instagram vai ser cada vez mais vídeo e menos fotos». O responsável acrescenta que, embora continuem a tentar colocar as publicações dos seguidores no topo do feed e das stories, também vão «precisar de evoluir, porque o Mundo está a mudar rapidamente» e também terão de mudar com ele.

 

notícia extraída de www.marketeer.sapo.pt