Desconfinamento faz disparar transações ‘contactless’

Notícia | Retalho

Na primeira semana pós-Estado de Emergência, o número de transações cresceu de forma significativa de 3 a 9 de maio (6,2 milhões), mais 11% em relação à semana anterior, em que se contabilizaram 5,6 milhões transações, avança a informação recente desenvolvida pela REDUNIQ Insights.

Entre os setores que retomaram os seus negócios nesta primeira fase de desconfinamento implementada pelo governo português, os cabeleireiros foram a atividade que mais aumentou a sua faturação, com um crescimento de 1.039% entre a última semana do Estado de Emergência e a primeira semana de desconfinamento. De seguida aparecem as papelarias, livrarias e tabacarias, com um aumento de 84%, os serviços do Estado, com um crescimento de 64%, e as gasolineiras, com mais 14% no seu volume de faturação.

Além dos dados de faturação, também o aumento do ticket médio (valor médio registado em cada transação), comprova a retoma gradual da economia, com os portugueses a gastarem mais dinheiro em cada pagamento que efetuam. Enquanto os cabeleireiros registaram um ticket médio de 49,51€ na primeira semana de maio (em comparação com os 38,30€ da semana anterior), as papelarias, livrarias e tabacarias chegaram aos 42,37€ (29,89€ na última semana de abril), e as gasolineiras e os serviços do Estado mantiveram os seus tickets médios na ordem dos 24€. Ainda em relação às gasolineiras, no dia 30 de abril, antes do fim de semana prolongado de 1 maio, houve um aumento de 23% na sua faturação em comparação com o dia anterior.

Ao analisar o atual contexto, Tiago Oom, diretor da REDUNIQ, salienta que, “após uma queda abrupta do número de transações totais na ordem dos 23,8% e dos 48,5% em março e abril face ao respetivos períodos homólogos, a economia começa agora a registar uma inversão desta evolução, com uma tendência crescente tanto no número de transações como no valor de faturação, dado que desde 4 de maio (primeiro dia da fase inicial de desconfinamento em Portugal), já mais de 10 mil negócios retomaram a sua atividades e voltaram a transacionar. Desta forma, estamos a conseguir, aos poucos, recuperar a nossa faturação, estando já a níveis de 70% em comparação com o período anterior à pandemia de COVID-19”.

Retalho tradicional cresce com confinamento
Ainda sobre a análise por setores de atividade, o relatório da REDUNIQ demonstra que o retalho alimentar tradicional (onde estão incluídos estabelecimentos de bairro), registou um forte crescimento das suas vendas após o decreto do primeiro Estado de Emergência em Portugal. Os números refletem que houve uma subida face ao período pré-pandemia, tendo-se mantido sempre uma performance acima dos níveis habituais durante todo o período de confinamento obrigatório.

“Esta evolução justifica-se em grande medida pelo facto de os consumidores terem começado a dar preferência à proximidade destas lojas e à sua própria segurança, uma vez que estes são estabelecimentos com muito menos afluência face às grandes superfícies”, explica Tiago Oom.

notícia extraída de www.distribuicaohoje.com